sexta-feira, 17 de agosto de 2012

portas da percepção

Eu acho que um amigo é aquele que te da toda a liberdade para seres quem es, alguem que te deixe evoluir, alguem que nao te faça um prisioneiro das tuas proprias emoções. O tipo de liberdade mais importante é ser o que tu realmente és, mas tu trocas a tua realidade por um papel, das a tua capacidade de sentir e em troca, vestes uma mascara. Eu penso que o corpo é a prisão da alma, se os cinco sentidos nao tiverem totalmente desenvolvidos.. eu considero os sentidos as ''janelas da alma''. Pois, acredito numa longa, loucura, prolongada dos sentidos, de modo a obter o desconhecido.. Se a minha ''poesia'' tem algum objectivo, é fazer perceber as pessoas das suas formas limitadas de ver e sentir. A poesia verdadeira não diz nada, ele só elimina possibilidades fora, abre todas as portas, e tu podes andar atraves daquela em que preferis! As pessoas estão completamente estupidas, é como se fossem surdas, mudas e cegas, elas têm a certeza total do que estão certas e nao ha nada que possa mudar isso.. As pessoas temem a morte até mais do que a dor. É estranho que eles temem a morte. A vida dói muito mais do que a morte. No momento da morte, a dor acaba. Sim, eu acho que a morte..é um amigo!! Tememos a violência mais do que os nossos próprios sentimentos. Pessoal, dor, privado solitário, e eu acho isso td mais aterrorizante do que qualquer outra pessoa pode infligir. E a violencia nem é mau, o que é mau, é a paixao com que a violencia acontece. Uns tentam se agarrar com mentiras, mas o amor nao te consegue salvar do teu próprio destino, a vida é algo que nao conseguimos evitar e se ha coisas estranhas, nada disso pode ser evitado tambem. Ha coisas conhecidas, ha coisas desconhecidas e no meio disso existem as portas.. e quando elas tiverem abertas, ai terás liberdade de seres quem tu realmente es. É o momento da liberdade interior, quando a mente esta aberta e o universo infinito revelado, a alma fica vagando, tonta e confusa, aquele momento de liberdade como um prisioneiro pisca no sol, como uma toupeira sai do seu buraco, como a primeira viagem de uma criança longe de casa!! A minha mente abriu se de tal forma, que a visão foi tão assustadora, que todos os meus medos mais profundos se desvaneceram se em instantes e tornaram se so num, e em meus olhos, o mundo estava mudando de cor, era azul triste, era nebuloso verde, em seguida, veio a escuridao e em um desespero pesado, sufocante o meu lugar calmo tornou se como consolo chuva fria e feio como vermes sobre um cadaver. E está foi a minha primeira ideia do mundo real. O mundo de alma aberta era assim.. era cheio de cores que eu nao podia ver, era tao proximo como a minha respiração, o sentimento de presença tao intenso como um terramoto em baixo dos meus pes.. Como se na profunidade de cada desespero meu existisse um portal, para o mundo real. Era tao facil.. inalar.. e toda aquela tristeza liquida que corria nas minhas veias, desaparecia, e todos aqueles dias atras de grades invisiveis, sentado assistir o mundo, como se estivesse em marte, ja nao existiam. Agora as portas abriram se e vejo para sempre a verdadeira forma de tudo.

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