segunda-feira, 7 de março de 2011

nutshell

Limpeza é a piedade, e Deus é vazio igualzinho a mim.
Intoxicado com a loucura, estou apaixonado pela minha tristeza
Dissimulados de estupidez, reinos encantados feitos de feitiçaria, ilusões disfarçadas pela realidade.
As vítimas dos modismos alardeiam seus dentes de carvão, sem procurarem o que estava dentro do caixão.
Eu nunca revelarei que estava num navio afundado, perdido no mar, coberto do odio azul, tubarões olhavam e quase que me atacavam. Estava numa zona fora deste mundo, parava de respirar e ouvia um som, e por um segundo, sentia - me bem dentro de um profundo oceano onde a regra não permanece, onde a raiva humana nao se reflecte. Meu reflexo, espelho sujo,
não há nenhuma conexão comigo mesmo, sou a face dos teus sonhos de vidro por isso guarda as tuas preces, larga tudo, manda fora todas as tuas preocupações e voa comigo.
Chegamos ao chão e enfretamos destruidores secretos que me obrigam a chamar todas as minhas chamas, nao ganho nada pela dor, desejos traidos e um peçado do jogo. Apesar de toda a minha furia, eu nao passo de um rato fechado numa gaiola, preso sem conseguir agir, sem forças para aguentar este sofrimento. Antigamente, tudo era diferente, pouca coisas eram dependentes, agora, estamos independentes da estupidez do governo. O tempo é a mudança dentro de nós e apesar disso, eu nunca conseguirei partir sem deixar uma parte da juventude. Estamos a meio, chegamos ao final da nossa história, chegámos ao ponto rapidamente, a uma cidade subterrânea cheia de dissidentes, só resistentes e combatentes naquele contingente. Uma vida provavelmente cicatrizada pela suor daqueles que lutaram pelo povo, uma vida a espera do sinal, nos precisavamos de alguma coisa vital. Será que sou o escolhido para ditar a sentença, fui o eleito para me vingar em nome da paz, penso e nao acredito, eu era apenas uma alma perdida a vaguear na rua, empurrado pelo vento, sem nenhum talento. Ele deu - me a chave, vi o trinco da liberdade, a campanhia da felicidade, lá dentro estava a paz eterna. Estava no meu alcançe, estava focado, transpirava de tanta concentração, dei um passo em frente, rapidamente consegui atingir a verdade, senti um feeling interior, a gravidade estava tão pesada.. abri a porta e com determinação, libertei toda a minha raiva, matei os demonios por todas as vítimas das guerras que vocês fabricaram, pela falta de pão que vocês negaram, pelo terror que semearam, pelos homens e mulheres que as vossas bombas mutilaram, pelo suor dos trabalhadores que vocês escravizaram, pelo o coração deste planeta que vocês danificaram.